Vírus são parasitas
intracelulares capazes de se multiplicarem em milhares em questão de horas;
eles podem infectar todos os tipos de seres vivos, da planta ao homem.
Essa é a lógica para uma ação que
vem se tornando cada vez mais comum para as grandes marcas: as campanhas
virais. Como os agentes infecciosos, os vídeos virais aumentam em milhares seu
número de viewers, em um curto espaço de tempo, com um alcance que pode
tornar-se mundial, e atingindo mais de uma mídia, como televisão e internet. É
a internet, aliás, que permite a viralização desses vídeos.
O uso de vídeo viral surgiu a
partir da técnica do e - mailing; as pessoas começaram a receber publicidade
anexa ao conteúdo de seus e-mails, e ao clicar sobre a mesma, automaticamente
elas a ligavam aos futuros e-mails que enviassem, formando assim uma corrente.
Um exemplo é a tática do hotmail, que colocou a frase "tenha
seu e-mail grátis: http://www.hotmail.com"
adjunta as mensagens enviadas por seus assinantes,
então as pessoas que recebiam seus e-mails
clicavam no link e acabavam anexando a frase às suas próprias mensagens.
Hoje,
com o advento das redes sociais e a expansão da internet, é cada vez mais comum
criar campanhas virais para posicionar uma marca, através da divulgação de seus
produtos e serviços, essas campanhas podem ser propositais ou acidentais, e os
vídeos viralizados podem ser produzidos com essa finalidade ou simplesmente
reaproveitados, vejam alguns exemplos:
1) A Campanha “Retratos da Real beleza” chegou ao topo da lista das mais vistas, com um total de 114 milhões de viewers
2) Jingles sempre foram uma excelente forma de posicionar uma marca na mente dos espectadores. Partindo desse princípio a Nissan apostou no seguinte vídeo
O vídeo foi o assunto mais comentado do twitter por três dias.
3) A TNT explorou um vídeo viral aliado a uma ação publicitária e ganhou alcance mundial ao trazer um pouco de drama para as pessoas de uma pacata cidade.
4) O Itaú mostrou que reutilizar virais caseiros não é uma má ideia.
5) Mas às vezes esses virais são obra do acaso.
O uso
dos virais sem sombra de dúvidas depende muito do quesito sorte, entretanto
existem considerações que devem ser feitas para evitar o fracasso:
a)
Saber qual o target(público
alvo) da campanha;
b)
Criar um conteúdo
interessante, que promova o desejo de compartilhamento;
c)
Saber aproveitar o impacto (dificilmente uma
campanha viral acaba no primeiro vídeo, sempre há desdobramentos).
Geralmente
ter uma mensagem tocante e que emocione o espectador aumenta as possibilidades
do viral, é o caso do case da Dove. Reconhecer sucessos e usar a criatividade
também aumenta as chances de visibilidade, foi o que fez o Itáu e a Coca
reaproveitando virais caseiros, que já haviam causado um apelo no público, e
também o TNT ao promover todo um ambiente cenográfico ao redor de pessoas
comuns. É claro que pode haver falhas:
Não é fácil perceber que o vídeo
do “Daniel” é na verdade uma ação da Nokia, somente com o segundo vídeo é que a
Empresa se expõe, esse fato acabou gerando indignação, já que os viewers se
sentiram enganados, e o que poderia ter sido uma idéia ótima acabou gerando
mídia negativa para a empresa.
Sem dúvida os vídeos e ações
virais são uma realidade do mercado publicitário, e que ainda durarão por um
bom tempo, e claro que é uma estratégia arriscada, que depende da sorte, mas
isso não significa que não haja necessidade de um estudo prévio, e de um
conteúdo diferenciado que traga novidades e entretenha, sempre pensando em
manter a autenticidade sem agredir o público.
Para fechar esse post, não dava
para não colocar o viral fofo da Vivo, que na minha opinião, continua sendo o
melhor!